Alunos do curso participam com pesquisas do 59º Congresso de Medicina Tropical em São Paulo
De 22 a 25 de setembro, São Paulo sedia o 59º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MEDTROP), que, neste ano traz o tema “Medicina Tropical sob o Olhar de Saúde Única”. O evento, realizado no Centro de Convenção Rebouças, conta com a participação ativa de alunos da Faculdade de Medicina de Uberlândia , que apresentam pesquisas relevantes desenvolvidas no ambiente acadêmico. O MEDTROP 2024 é um espaço crucial para a discussão e o compartilhamento de conhecimento sobre medicina tropical, reunindo especialistas e estudantes de diversas áreas. O congresso oferece cursos, oficinas e sessões de apresentação de trabalhos, proporcionando um ambiente rico para aprendizado e troca de experiências.
Entre os participantes, dez alunos da primeira turma da Faculdade de Medicina de Uberlândia, acompanhados pelo médico e professor Me. Abel Dib, levam a São Paulo os frutos de suas pesquisas. “A participação em eventos como o MEDTROP é fundamental para a formação dos estudantes e para o avanço das pesquisas na área de saúde coletiva. A interação com profissionais renomados e a troca de ideias são enriquecedoras para a nossa comunidade acadêmica”, afirmou o professor Dib, que orientou vários dos trabalhos que serão apresentados.
Saúde Pública dominou os trabalhos dos estudantes de Uberlândia
Os alunos da Faculdade de Medicina, são estimulados a desenvolver pesquisas e artigos científicos, em todas as vivências de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas na instituição e, atualmente, vários trabalhos estão em processo de submissão em revistas nacionais e internacionais. Como parte desses esforços, os resultados de onze pesquisas serão apresentados no MEDTROP 2024. Na segunda-feira, um dos quatro trabalhos apresentados é o liderado pela estudante Mayara Sant’ana de Oliveira, que aborda a “Análise epidemiológica dos acidentes causados por picadas de abelhas em Minas Gerais”. A aluna compartilhou sua empolgação: “Esse trabalho traz à luz uma questão muito incidente e pouco discutida, apresentá-lo, com a orientação dos meus professores e apoio da minha faculdade, em um evento de tamanha importância é uma grande satisfação para mim e para todos os envolvidos.”
Outros trabalhos que estão na programação do segundo dia do evento trazem pesquisas sobre doenças tropicais negligenciadas, como Chagas e Malária. Alguns deles, como o trabalho de autoria de Gabriely Martins e colegas de turma, foram desenvolvidos durante as aulas, com a orientação da Professora Dra. Mylla Spirandelli.
No terceiro dia do evento nacional, cinco contribuições do Grupo de Pesquisa sobre Tuberculose da FAMEU (GPTB – FAMEU), orientadas pelos professores Me. Abel Dib Rayashi e Me. Sílvio Divino de Oliveira, serão expostas. Dentre elas, “Educação em saúde como ferramenta de enfrentamento à tuberculose” e “Determinantes e iniquidades sociais como fatores mantenedores da tuberculose como problema de saúde pública”, levadas a capital paulista por Raíssa Novais e Lara Andrade. Fechando as apresentações do dia do grupo, será a vez do trabalho “Análise de impedimentos para a eliminação da cadeia de transmissão da tuberculose no ambiente carcerário”, do médico Gustavo Barbosa de Souza, que também contou com a colaboração de estudantes do curso de medicina.
O GPTB – FAMEU, por meio do seu pesquisador o aluno Augusto Molinaroli, fará ainda a apresentação sobre “As deficiências do Estado na garantia dos direitos fundamentais e seus impactos na manutenção da tuberculose como problema de saúde pública”, no último dia do evento. Este trabalho foi escolhido, por sua relevância e inovação, para um dos momentos mais importantes do evento: o Workshop da REDE-TB, organizado em parceria com o Ministério da Saúde. Como foi selecionado como um dos 16 melhores trabalhos, dentre todas as pesquisas brasileiras e internacionais enviadas ao congresso, esse trabalho concorre a uma das menções honrosas que serão concedidas a três das pesquisas do grupo destaque.
O evento também se destaca como uma vitrine para os trabalhos desenvolvidos pelas Ligas Acadêmicas, como a Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade (LAMEFA), que apresenta pesquisas sobre temas relevantes, como o aumento de sífilis entre adolescentes e uma análise sobre o tempo de resposta de atendimento nos acidentes com animais peçonhentos. O orientador dos trabalhos e coordenador da LAMEFA, Fernando Oliveira, ressaltou: “As ligas acadêmicas desempenham um papel vital na produção de conhecimento e na complementação do aprendizado em sala de aula, permitindo que os alunos se tornem mais críticos e atuantes na área da saúde.”
O diretor do curso de Medicina da FAMEU, Ulisses Bueno, ressalta a importância da participação acadêmica em eventos desse nível: “Estamos comprometidos em apoiar a pesquisa, incentivar o trabalho das ligas acadêmicas e promover a participação em eventos de relevância como o MEDTROP. Acreditamos que essas experiências são fundamentais para a formação “ dos futuros médicos e para a construção de um sistema de saúde mais eficaz e integrado.”
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